História do Hino Mexicano


  • Nome: Hino Nacional Mexicano
  • Escrito por: Francisco González Bocanegra- poeta (1853)
  • Musicalizado por: Jaime Nunó Roca - catalão (1854)
  • Apresentado oficialmente em: 16 de setembro de 1854

Junto com o Escudo e a Bandeira Nacional, o hino forma parte dos símbolos nacionais do México.


Em 1821, foi feita a primeira composição para o hino, por José Torrescano. Porém, a Nação Mexicana não aceitou. Em 1849, 28 anos depois da primeira composição, a “Academia de San Juan de Letrán” faz uma convocação com o objetivo de escolher uma letra adequada ao hino para o país. Receberam-se trinta composições. Foram eleitas a composição de Andrew Davis Bradburn e a do poeta mexicano Félix María Escalante, com música do austríaco Henry Herz; que foi escolhida para ser apresentada em Guadalajara em novembro de 1850.

Desde 1850 se realizaram outras tentativas para conseguir que o México tivesse um hino nacional, tais como as propostas dos compositores Antonio Barilli, Ignacio Pellegrini e Max Maretzek, italianos e húngaro, respectivamente.

Em 1853, ocorreu uma nova convocação pelo presidente Antonio López para estabelecer o Hino Nacional. O prazo de vinte dias foi estabelecido para apresentar os projetos.

Uma curiosidade é que Francisco González Bocanegra, um talentoso poeta, não estava interessado em participar no concurso. Ele acreditava que escrever poemas à mulher amada era uma coisa muito diferente de escrever a letra do hino de uma nação. Todavia a noiva dele, Guadalupe González Del Pino (conhecida como Pili), sem desânimo pela falta de interesse de Francisco, insistiu para que ele participasse. Após as continuas negativas, Pili, com algum pretexto, lhe guiou até um quarto isolado da casa onde Francisco ficou trancado, sem lhe permitir sair até que não entregasse a Pili uma composição para a convocação. Depois de quatro horas forçado, com a mais abundante inspiração, Francisco foi capaz de obter a sua liberdade trocando-a por dez estrofes. Estas dez estrofes ganharam, eventualmente, a convocação e se converteram na letra do Hino Nacional.

Um ano depois, em Agosto de 1854, foi selecionada a música composta pelo catalão Jaime Nunó, inspetor de bandas militares, para acompanhar a letra de Francisco.

Somente em 1943 o Presidente Manuel Ávila Camacho adotou oficialmente a composição como Hino Nacional, através de um decreto presidencial no Diário Oficial da Federação.

Finalmente, em 1984, sob a presidência de Miguel de La Madrid, é publicada a "Lei sobre a Bandeira, Escudo e Hino Nacionais" onde se especifica o uso e características dos Símbolos Patrióticos.

Após a escritura do hino, o México seguia enfrentando os efeitos de uma derrota de uma guerra contra os Estados Unidos. O país se sentia desmoralizado e dividido, devido à perda de aproximadamente metade de seu território. Segundo o historiador Javier Garcia Diego, o hino ignora as divisões e conflitos, incentivando a união nacional. O hino foi descrito como um dos símbolos da identidade mexicana. Com isso podemos observar uma semelhança em relação ao hino nacional brasileiro que nos diz sobre a independência vitoriosa e um povo heróico, por exemplo na parte do Hino do México em que se diz: "Vi-os em batalhas sangrentas, para seu amor, batendo no peito, calma valente muralha, e da morte ou a glória que procuram"(tradução), semelhança que há com o Hino Brasileiro está presente na primeira estrofe: "Ouviram do Ipiranga às margens plácidas, de um povo heróico, o brado retumbante, e sol da Liberdade em raios fúlgidos, brilhou no céu da Pátria nesse instante".

Partitura do hino mexicano



Vídeo do Hino


Letra do Hino

Original
                  


Tradução


 
       




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