Substâncias Ilícitas na Olimpíada de 1968

Olimpíada de 1968, primeiro exame antidoping

A  olimpíada de 1968 foi conhecida como a primeira olimpíada a ter o controle ao uso de doping e a introdução das provas de comprovação de sexo para as provas femininas, provavelmente pelas suspeitas sobre as características físicas de algumas campeãs dos países do bloco socialista. Nenhuma mulher foi desclassificada, mas muitas importantes atletas não se inscreveram nas competições. Foram também as primeiras olimpíadas em que as duas Alemanhas competiram separadamente, enquanto África do Sul e China ficaram de fora.

A altitude causou um fato interessante: a falta de 30% do oxigênio na mistura do ar permitiu a quebra de 68 recordes mundiais e 301 olímpicos, muitos deles perduraram anos, mas fez efeito contrario nas provas de resistência. Muitos acabaram abandonando essas provas devido à falta de preparo em altitudes.

Por conta do uso de anabolizantes o halterofilista russo Kaarlo Kangasniemi, medalha de ouro nas Olimpíadas de 1968, sofreu um grave acidente. Ao erguer uma barra de 160 quilos, ele teve um dos músculos de suas costas, inchado pelo uso dessa droga, rompido pelo peso dos halteres. A barra caiu sobre sua nuca, quebrou uma das vértebras e ele ficou paralisado pelo resto da vida.

Outra droga considerada ilegal durante essas olimpíadas foi o álcool. Houve um homem, o sueco Hans-Gunnar Liljenwall, que por ter ingerido uma quantidade excessiva de álcool acabou sendo desclassificado.

O principal agente do álcool é o etanol (álcool etílico). O consumo do álcool é antigo, bebidas como vinho e cerveja possuíam conteúdo alcoólico baixo, uma vez que passavam pelo processo de fermentação. Outros tipos de bebidas alcoólicas apareceram depois, com o processo de destilação.

Apesar de o álcool possuir grande aceitação social e seu consumo ser estimulado pela sociedade, ele é uma droga psicotrópica que atua no sistema nervoso central, podendo causar dependência e mudança no comportamento.

Os efeitos do álcool são percebidos em dois períodos, um que estimula e outro que deprime. No primeiro período pode ocorrer euforia e desinibição. Já no segundo momento ocorre descontrole, falta de coordenação motora e sono. 
Os efeitos agudos do consumo do álcool são sentidos em órgãos como o fígado, coração, vasos e estômago.

Em caso de suspensão do consumo, pode ocorrer também a síndrome da abstinência, caracterizada por confusão mental, visões, ansiedade, tremores e convulsões.




Fonte: http://www.brasilescola.com/

Imagem de Kaarlo Kangasnieme

Nenhum comentário:

Postar um comentário